
“Decidi, mais uma vez, aceitar o desafio de liderar uma equipa e de ajudar a mobilizar um povo para que renasça, na nossa terra, um clima de tolerância e de pluralismo, um sentimento de respeito e de confiança no futuro. Porque esta é a hora, meus amigos, de todos unirmos esforços na construção de um “Novo Rumo p’rá Barca”, que devolva ao nosso Concelho uma visão estratégica assente no rigor, no investimento produtivo criador de riqueza e potenciador de bem-estar”.
A afirmação é de Cabral de Oliveira e foi proferida na tomada de posse da nova Comissão Política do PSD, uma sessão que encheu por completo o auditório da Epralima e que contou também com a presença de Rui Gomes da Silva, Vice-Presidente do Partido, e de Eduardo Teixeira, Presidente da Comissão Política Distrital, entre outras individualidades.
Num ambiente de grande mobilização, Cabral de Oliveira explicou os motivos que o levaram a regressar à política activa, afirmando que não pôde ficar indiferente às inúmeras vozes e aos insistentes apelos que lhe foram chegando no sentido de se empenhar na construção de um novo ciclo político, tal é a degradação em que a vida política local está a mergulhar, com a actual gestão socialista.
Recordando as suas responsabilidades como cidadão e como homem que, durante vários anos, deu o melhor das suas energias em prol do desenvolvimento do Concelho, afirmou que, actualmente, se vive em Ponte da Barca uma situação política de tal modo confrangedora que é necessário dizer basta e apresentar às pessoas uma alternativa séria e credível.
“Esta é a hora de dizermos não à actual degradação da convivência democrática. Não podemos permitir que, em pleno século XXI, pretendam espalhar entre os agentes económicos e a população em geral um clima de mordaça, de chantagem, de intimidação, de medo. Não podemos aceitar que os senhores Presidentes das Juntas de Freguesia sejam tratados de uma forma arbitrária, permanentemente sujeitos a ameaças e a condicionamentos”.
Esta é a hora – acrescentou – de dizermos basta à degradação da gestão política do Município. Basta de desorientação estratégica, de despesismo, de avanços e de recuos e de decisões escandalosas que lesam gravemente o presente e o futuro do nosso Concelho. Basta de atropelos e de tropelias e de discursos repetitivos e ocos que mais não pretendem do que criar uma imagem artificial na tentativa de branquear uma situação de ineficácia e de inoperância gritantes.
Esta é a hora de, todos unidos, soltarmos o nosso grito de indignação e de revolta. Porque há comportamentos e decisões que são inaceitáveis num regime democrático que zela pelo bem comum. Chegou a hora de, todos unidos, mostrarmos que existe um “Novo Rumo p’rá Barca”, um rumo de seriedade e de rigor, de tolerância e de pluralismo, de trabalho persistente, voltado para o desenvolvimento do nosso Concelho e para a melhoria da qualidade de vida de todos e de cada um dos barquenses, referiu Cabral de Oliveira.
As pessoas mais habilitadas
Para concretizar este “Novo Rumo p’rá Barca”, disse que o PSD tem claramente as pessoas mais habilitadas e a experiência e o saber do caminho percorrido por homens que, em diferentes períodos, lideraram o Partido em Ponte da Barca, anunciando, a propósito, que os ex-Presidentes terão lugares de assento na Comissão Política.
Com eles, com a força de todos vós, com o entusiasmo, a irreverência, a persistência, com a capacidade mobilizadora dos jovens e da Juventude Social Democrata, vamos dar “Novo Rumo” à Barca, acrescentou Cabral de Oliveira, num claro registo de mobilização e de compromisso com os valores sociais-democratas e com o Concelho.
E foi com o povo do Concelho que assumiu outro compromisso, o compromisso de desenvolver uma política de proximidade e de contacto directo com as preocupações e anseios das populações. Conhecemos como ninguém as nossas 25 freguesias e conhecemos pelo seu nome a esmagadora maioria das pessoas e grande parte dos seus problemas e frustrações, mas queremos ir mais longe, queremos conhecê-los com uma profundidade ainda maior, indo cada vez mais ao encontro dos senhores Presidentes das Juntas de Freguesia, dialogando com as pessoas, partilhando com cada um dos barquenses os seus projectos, as suas reivindicações, as suas legítimas aspirações, explicou.
Sempre num tom de união e de mobilização, Cabral de Oliveira concluiu afirmando que chegou a hora de mostrarmos o nosso orgulho de ser barquense e de fazermos valer a nossa dignidade de um povo que não se deixa vergar, nem amordaçar. Chegou a hora de nos mobilizarmos para o essencial e o essencial – segundo realçou – é a nossa querida terra que não pode esperar mais e que, urgentemente, precisa de ser resgatada da situação penosa para onde o estão a atirar.
Ponte da Barca merece muito mais e tem direito a bem melhor! Com o vosso apoio e entusiasmo, com a vossa mobilização e compromisso cívico, vamos, todos unidos, dar a volta a esta situação e erguer a bandeira da nossa terra e trabalhar pela vitória de um futuro que a todos nos encha de orgulho. Vamos dar “Novo Rumo à Barca”, disse a terminar Cabral de Oliveira.
Isto vai, meus amigos
Na sessão usaram ainda da palavra Rui Gomes da Silva e Eduardo Teixeira que aproveitaram a circunstância para destacar a importância dos próximos embates eleitorais e a necessidade de o PSD fazer chegar a todas as pessoas uma mensagem de confiança no futuro.
Por sua vez, a Presidente da Mesa da Assembleia agradeceu aos órgãos cessantes o trabalho que desenvolveram em prol da defesa dos valores da social democracia e do bem-estar e melhoria da qualidade de vida no concelho, garantindo que são também estes os valores e os princípios por que se propõe lutar.
Continuo a acreditar – disse Rosa Maria Arezes – na “difícil e muito nobre arte da política”, como lhe chamou o Concílio Vaticano II e tenho igualmente consciência de que esta é uma actividade que, exercida com dignidade, engrandece o ser humano, porque não há missão mais sublime do que servir o bem comum.
Para esta nobre missão está convocado todo e qualquer cidadão porque todos somos chamados a construir o nosso futuro colectivo, em total liberdade, obedecendo apenas ao apelo profundo da nossa consciência que jamais consentirá que tiranetes intolerantes nos pretendam amordaçar, intimidar ou condicionar.
Defendeu, depois, um clima de participação e de debate, onde todos tenham o direito de pensar e de exprimir as suas opiniões, sem medo de represálias de qualquer natureza, e terminou citando o poeta Ary dos Santos:
“Isto vai, meus amigos, isto vai...
Um passo atrás são sempre dois em frente
E um povo verdadeiro não se trai,
Não quer gente mais gente que outra gente”.