segunda-feira, 28 de abril de 2008

AS FALTAS DA EDUCAÇÃO NA GESTÃO SOCIALISTA

Completou-se um ano sobre o anúncio oficial da fusão das escolas de Ponte da Barca, uma decisão que está a traduzir-se numa preocupante degradação das condições de ensino no nosso Concelho. A este propósito, a Comissão Política Concelhia do PSD procedeu a uma cuidada análise da política educativa da actual maioria socialista, tendo deliberado tornar público o seguinte:

  1. É com a mais profunda preocupação que o PSD verifica que, passado um ano, subsistem situações muito graves e continuam por concretizar compromissos assumidos aquando da fusão;


  2. O PSD considera inaceitável a degradação das condições de ensino que a actual maioria socialista está a promover, obrigando o Concelho a andar para trás em matéria de educação. É, de facto, inadmissível o empenho com que fizeram tábua rasa do excelente trabalho realizado pelos Executivos anteriores e se envolveram numa actuação sem qualquer orientação estratégica, apenas preocupados com a gestão casuística, economicista e subserviente dos problemas. Basta referir, a título de exemplo, a questão muito séria da sobrelotação dos espaços escolares da sede do Concelho, o funcionamento de turmas com um número excessivo de alunos, e ainda o facto de estarem a ser ministradas aulas em espaços que não têm as dimensões exigidas por lei, em arrecadações, no palco do polivalente, no tanque de aprendizagem de natação – e não são aulas de expressão dramática, nem de natação! –, para além de faltarem espaços para os directores de turma atenderem, com dignidade, os pais e encarregados de educação, a exemplo do que existia antigamente;


  3. O PSD repudia a situação preocupante que se vive nas instalações da antiga EBI Diogo Bernardes. Constitui uma vergonha e uma grosseira irresponsabilidade misturar no mesmo espaço 12 turmas do 1.º ciclo e 14 do 2.º ciclo, num total de mais de 500 alunos, a maioria dos quais com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos. Isto vai ao arrepio dos mais elementares princípios pedagógico-didácticos, colocando ainda graves problemas de segurança. Acresce que o edifício foi concebido de raiz para apenas receber o 2.º ciclo, pelo que as instalações e muito do mobiliário são inadequados para as crianças mais novas, para além de não existir um espaço coberto onde os alunos possam passar os intervalos, devidamente protegidos da chuva, do vento e do frio. Outro problema que subsiste tem a ver com infiltrações e com as coberturas que, segundo a lei, devem ser substituídas, porque os materiais utilizados constituem um perigo para a saúde pública, devido ao amianto;


  4. O PSD lamenta que o Sr. Presidente da Câmara não tenha honrado o compromisso que assumiu publicamente, perante pais e encarregados de educação, de que iria construir, em 2006, um novo bloco de salas de aula na sede do Concelho. Lamenta, igualmente, que nada se tenha feito com vista a resolver o problema da localização e das instalações do Jardim-de-infância da vila. E manifesta a sua perplexidade e indignação face às opções da actual maioria socialista que não tem pejo em implantar no Concelho soluções escandalosas, como a de colocar, anos a fio, alunos em contentores, ao mesmo tempo que manda demolir escolas em algumas freguesias;


  5. O PSD verifica com apreensão que nenhum dos três novos equipamentos escolares previstos na Carta Educativa está, neste momento, em funcionamento, nem sequer em condições de funcionar no início do próximo ano lectivo. Trata-se de mais um triste exemplo da inoperância e da ineficácia da Câmara Municipal, especialista em propaganda, mas pouco diligente em respeitar os compromissos assumidos e em defender os superiores interesses das populações do Concelho;


  6. O PSD faz questão de aqui deixar uma palavra de reconhecimento e apreço pelo trabalho desenvolvido pela Comissão Executiva Instaladora do Agrupamento Vertical de Escolas de Ponte da Barca, bem como pelos restantes professores, funcionários e pais e encarregados de educação, porque, com profissionalismo e dedicação, têm sabido evitar males maiores;


  7. O PSD não se revê nesta política educativa promovida pela Câmara Municipal. As nossas crianças e os nossos jovens merecem respeito e uma postura séria em termos de sensibilidade para as questões da educação. E não é com todos estes atropelos da actual maioria socialista que se promove uma política educativa que privilegie a qualidade e a segurança dos nossos alunos. Não é com demagogia e irresponsabilidade que se educam as novas gerações e se acautela o nosso futuro individual e colectivo. Desgraçadamente, também nesta matéria, é urgente um “Novo Ruma p’rá Barca”…