
A Comissão Política do PSD, depois de analisar vários assuntos relacionados com intervenções camarárias altamente discutíveis, deliberou divulgar a seguinte tomada de posição:
- Chamar a atenção dos munícipes para o que está a acontecer na obra de ligação da vila de Ponte da Barca à EN 101, no Rodo. Para surpresa e espanto geral, verifica-se que o traçado da via continua sinuoso, não tendo sido feitas as correcções necessárias, conforme estava previsto e era expectativa de todos, para além da sua largura não ir além dos sete metros, situação que, nas curvas acentuadas, vai tornar mais difícil o cruzamento de dois veículos pesados. Por outro lado, estão a ser construídos muros em betão com seis a oito metros de altura, dando a imagem de uma muralha sem qualquer estética numa via que deveria ser um postal de entrada na sede do Concelho.
Em vez de uma intervenção de fundo que conferisse à via um perfil de Avenida com a dignidade que merece, estamos perante um pobre e triste remendo que desperdiça uma oportunidade e que, ainda por cima, hipoteca o presente e o futuro da próxima geração, proporcionando mais um exemplo da forma como não se deve gastar os dinheiros públicos. - Um projecto estruturante como este merecia, da parte dos responsáveis camarários, uma melhor e mais cuidada apreciação, tanto na fase de elaboração do projecto como no período da sua realização. Mais uma vez, a Autarquia vai reagindo, à medida que os problemas vão surgindo, perdendo, com frequência, o controlo da situação financeira da obra. Esta já é, de resto, uma lamentável imagem de marca da actual maioria socialista. Sempre que lança uma obra, só se conhece o valor da sua adjudicação, mas nunca se sabe por quanto é que ela vai ficar. Como exemplo deste desgoverno, basta aguardar pelas contas finais da empreitada de recuperação do antigo Tribunal...
- O PSD continua altamente preocupado com o facto de, até ao momento e apesar dos inúmeros pedidos de informação, ainda ninguém conhecer os termos da negociação do terreno que foi ocupado, no vulgarmente conhecido “Campo do Libório”. É voz corrente que existe um acordo que permitirá a construção de edifícios, o que, a verificar-se, constituiria mais uma aberração, na medida em que deitaria por terra uma “comunicação” fluida com as margens do rio Lima.
Trata-se de uma questão muito séria, pelo que o mínimo que os responsáveis autárquicos deveriam fazer era prestar todos os esclarecimentos, para que não restassem quaisquer dúvidas. Infelizmente, não é esse o entender da actual maioria socialista, para quem a transparência e a verdade não passam de assuntos retóricos. - É, igualmente, inadmissível a lentidão com que as poucas empreitadas da Autarquia estão a realizar-se. Até parece que a Câmara, como quase não tem obra para mostrar, resolveu andar a passo de caracol, para assim tentar transmitir a impressão de que nunca se fez tanto em tão pouco tempo. No caso da recuperação do edifício para a Câmara Municipal, o prazo de execução arrastou-se por dois anos e, mesmo assim, já terminou sem que a obra esteja pronta a abrir ao público, e tudo isto com a agravante de os custos terem disparado de uma forma completamente descontrolada. E que dizer do lastimável estado em que se encontra, há várias semanas, a rotunda de Agrelos, na entrada Sul da vila?