sábado, 24 de janeiro de 2009

MAIS UMA OPORTUNIDADE PERDIDA


A Comissão Política do PSD, depois de analisar vários assuntos relacionados com intervenções camarárias altamente discutíveis, deliberou divulgar a seguinte tomada de posição:
  1. Chamar a atenção dos munícipes para o que está a acontecer na obra de ligação da vila de Ponte da Barca à EN 101, no Rodo. Para surpresa e espanto geral, verifica-se que o traçado da via continua sinuoso, não tendo sido feitas as correcções necessárias, conforme estava previsto e era expectativa de todos, para além da sua largura não ir além dos sete metros, situação que, nas curvas acentuadas, vai tornar mais difícil o cruzamento de dois veículos pesados. Por outro lado, estão a ser construídos muros em betão com seis a oito metros de altura, dando a imagem de uma muralha sem qualquer estética numa via que deveria ser um postal de entrada na sede do Concelho.
    Em vez de uma intervenção de fundo que conferisse à via um perfil de Avenida com a dignidade que merece, estamos perante um pobre e triste remendo que desperdiça uma oportunidade e que, ainda por cima, hipoteca o presente e o futuro da próxima geração, proporcionando mais um exemplo da forma como não se deve gastar os dinheiros públicos.
  2. Um projecto estruturante como este merecia, da parte dos responsáveis camarários, uma melhor e mais cuidada apreciação, tanto na fase de elaboração do projecto como no período da sua realização. Mais uma vez, a Autarquia vai reagindo, à medida que os problemas vão surgindo, perdendo, com frequência, o controlo da situação financeira da obra. Esta já é, de resto, uma lamentável imagem de marca da actual maioria socialista. Sempre que lança uma obra, só se conhece o valor da sua adjudicação, mas nunca se sabe por quanto é que ela vai ficar. Como exemplo deste desgoverno, basta aguardar pelas contas finais da empreitada de recuperação do antigo Tribunal...
  3. O PSD continua altamente preocupado com o facto de, até ao momento e apesar dos inúmeros pedidos de informação, ainda ninguém conhecer os termos da negociação do terreno que foi ocupado, no vulgarmente conhecido “Campo do Libório”. É voz corrente que existe um acordo que permitirá a construção de edifícios, o que, a verificar-se, constituiria mais uma aberração, na medida em que deitaria por terra uma “comunicação” fluida com as margens do rio Lima.
    Trata-se de uma questão muito séria, pelo que o mínimo que os responsáveis autárquicos deveriam fazer era prestar todos os esclarecimentos, para que não restassem quaisquer dúvidas. Infelizmente, não é esse o entender da actual maioria socialista, para quem a transparência e a verdade não passam de assuntos retóricos.
  4. É, igualmente, inadmissível a lentidão com que as poucas empreitadas da Autarquia estão a realizar-se. Até parece que a Câmara, como quase não tem obra para mostrar, resolveu andar a passo de caracol, para assim tentar transmitir a impressão de que nunca se fez tanto em tão pouco tempo. No caso da recuperação do edifício para a Câmara Municipal, o prazo de execução arrastou-se por dois anos e, mesmo assim, já terminou sem que a obra esteja pronta a abrir ao público, e tudo isto com a agravante de os custos terem disparado de uma forma completamente descontrolada. E que dizer do lastimável estado em que se encontra, há várias semanas, a rotunda de Agrelos, na entrada Sul da vila?