
Depois de uma acesa discussão e troca de argumentos, a proposta da Câmara Municipal acabou por ser aprovada, graças aos 22 votos favoráveis do Partido Socialista, registando-se, contudo, 14 abstenções e 11 votos contra.
Foi, pois, com uma mistura de surpresa e de indignação que, passados uns dias, verificámos que a maioria socialista estava a divulgar, no site oficial do Município e junto dos diversos órgãos de comunicação, a notícia de que a votação tinha sido de 43 votos a favor e 3 abstenções.
A vontade dos servidores contratados é tal que já nem têm pejo em adulterar a verdade dos números, subvertendo as coisas e fazendo passar uma imagem que não corresponde à realidade. Trata-se, portanto, de um caso vergonhoso que exige a reposição da verdade.
O que a dita “notícia oficial” não refere é que a bancada parlamentar do PSD defendeu que o Executivo deveria acabar com a Derrama lançada neste mandato e não cobrar aos munícipes 5% do respectivo IRS, mostrando, assim, alguma sensibilidade para com as pessoas, que de dia para dia têm menos dinheiro e menos poder de compra.
Depois de lamentar que a cobrança de impostos está no sangue do actual Presidente da Câmara, o PSD lembrou que o dever de um autarca é governar para a comunidade, contribuindo, em termos financeiros, com incentivos para a melhoria do nível de vida das populações e para a atracção de investimento.
Pela sua proximidade, a Autarquia tem que ser sensível às dificuldades económicas dos seus munícipes, não se podendo ficar pela simples avaliação do que pode ou não arrecadar com esta ou aquela receita.
Infelizmente, a maioria socialista fez ouvidos de mercador a este apelo e teimou em fazer valer, mais uma vez, uma política fiscal que se tem revelado um enorme entrave ao investimento e à fixação da população no concelho e que mais não faz que extorquir as poucas migalhas que ainda restam.
E estas dificuldades – foi também dito pelo PSD – têm um sentido redobrado quando nos apercebemos que, desde 2005, o Executivo socialista aumentou em cerca de 170 mil euros por ano a receita em impostos directamente cobrados aos munícipes. Isto quer dizer que cada trabalhador de Ponte da Barca entrega, em média, cerca de 150 euros por ano directamente para os cofres da Autarquia.
O preço de tamanha carga fiscal está a ser demasiado elevado, não só porque penaliza gravemente o já de si escasso orçamento das famílias, mas também porque deita por terra a nossa competitividade e capacidade para fixar e atrair pessoas e investimentos.
De facto, muitos dos concelhos vizinhos, tendo em vista o reforço da sua atractividade, decidiram, pelo segundo ano consecutivo, não cobrar aos munícipes 5% do IRS, para além de não aplicarem a Derrama, um imposto lançado sobre o rendimento dos comerciantes, industriais e outras pessoas colectivas.
Daí que o PSD tenha dirigido um apelo à maioria socialista no sentido de que refizesse as contas e admitisse, num gesto de humildade, que o sacrifício que está a exigir à população de Ponte da Barca, numa época tão difícil, seria perfeitamente escusado, se existisse maior rigor e controlo na forma como são usadas as receitas do erário público.
Assim não entendeu a Câmara Municipal que preferiu sobrecarregar os munícipes com mais impostos e afastar eventuais investidores, com tudo o que isso significa em termos de falta de emprego.
O que a maioria socialista deseja é receita a qualquer preço, para depois poder esbanjar à vontade, num despesismo que arrepia mesmo o cidadão mais distraído.
Entretanto, vai espalhando notícias que não correspondem à verdade, alimenta a propaganda e recusa-se a fornecer ao maior Partido da oposição uma gravação da referida sessão da Assembleia Municipal.
De que é que terão medo?
1 comentário:
Aproveitando a notícia deste Post, gostaria de deixar aqui o meu comentário não só a esta situação, mas a todas as que indignam qualquer barquense que se preocupe com a sua terra, e desde já prometo que o comentário será relativamente breve como se poderá verificar de seguida.
Ao longo do mandato da actual presidência, apenas me tenho apercebido de bairrismo, sede de vingança, e abuso de poder. É com enorme tristeza e revolta, que vejo "tachos" atrás de "tachos", desigualdades nas atribuições de fundos às diversas juntas de freguesia, etc..
Relativamente às desigualdades nas atribuições de fundos às diversas juntas de freguesia, estas atitudes só revelam imparcialidades, e que têm como justificação as diferentes cores dos partidos das diferentes juntas. Enfim, nítido abuso de poder e vingança; característica apenas inerente a pessoas sem carácter e personalidade para estarem à frente de uma autarquia.
Relativamente aos ditos “tachos”, apenas lamento as suas atribuições a pessoas sem competências para tal, daí o nome “tacho”, mas ao mesmo tempo rio-me da sua atribuição a pessoas/familiares de alguns que afinal de contas no dia-a-dia se assumiam como grandes inimigos dentro do mesmo partido (PS), porém por interesses pessoais viram-se forçados a apaziguar as más relações do passado, de forma a satisfazer assim os seus interesses. Mais uma vez saliento, que atitudes como esta apenas pode estar presente em pessoas sem carácter, e personalidade, contudo tentam passar no dia-a-dia uma imagem de influentes, importantes, e senhores da Barca.
Em suma resta-me apenas desejar, que a mudança esteja para breve, e estes senhores mencionados previamente, reflictam um pouco sobre os valores e princípios que devemos ter no dia-a-dia, e que nos tornam verdadeiros homens e cidadãos.
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